Tive um pesadelo esses dias.
Por definição do dicionário, pesadelo é o sonho aflitivo com sensação de angústia, de opressão.
O meu foi exatamente como na definição. Cheio de angústia e opressão.
Daqueles que você não consegue simplesmente acordar quando está incomodada.
Daqueles que não é você que corre perigo, mas sim alguém que você ama.
Daqueles que você não pode correr, pular, bater, gritar ou parar aquilo que está fazendo mal a quem você ama.
Daqueles que o aperto no coração é tão forte, que você acha que não vai agüentar até que você consiga acordar.
Daqueles que você tem certeza que está falando ou gritando enquanto dorme.
Daqueles que você tem certeza que já mudou de posição infinitas vezes e ainda assim não consegue acordar.
Daqueles que, assim que os mundos, real e imaginário, param de conspirar contra você e você finalmente acorda, a primeira coisa que você quer fazer é ligar para todos os seus amigos e familiares, mesmo que seja 3h52 da manhã, para saber se estão todos bem.
Daqueles que você percebe a real importância e o quanto sem chão você vai ficar se algo acontecer a essas pessoas.
Daqueles que você continua sentindo o aperto no coração mesmo depois de acordada.
Daqueles que você não consegue mais voltar a dormir.
Daqueles que, só de lembrar e escrever, você sente exatamente o mesmo aperto no coração, a mesma angústia, como se estivesse dentro do pesadelo de novo.
Se me dão licença, tenho umas ligações para fazer.